segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

RECOMPENSA INFERIOR

“Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.” (Mateus 6:2)

Ao falar sobre a prática da caridade, Jesus enfatizou não o ato caridoso, mas a motivação do ato. Primeiro, o Mestre deplora aqueles que fazem propaganda da própria caridade. “Eles fazem isso para serem elogiados pelos outros. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eles já receberam a sua recompensa.”   


Em seguida, vem a postura certa. Quando ajudamos, o único que deve ficar sabendo é o Senhor. Os elogios que as pessoas nos fazem são geralmente superficiais e efêmeros. Consequentemente, quando valorizamos aquilo que tem baixa qualidade, o resultado sempre é nivelarmos por baixo a razão de nossa conduta. Os benefícios advindos deste tipo de motivação são passageiros e inferiores.   

O Senhor Jesus, sistematicamente, enfatiza a motivação interior. O maior exemplo disto se encontra no Sermão do Monte, na série de ensinos encabeçados pelo “Eu, porém, vos digo”. Paulo nos escreve que, de todos os dons advindos do Espírito, o maior de todos é o amor. Por consequência, a maior motivação para a conduta cristã é o amor. O que quer que doemos adquire valor superior quando nascido do amor. E é neste ponto que o Deus de amor, que nos ama, nos recompensa.

Nesta época do ano geralmente as pessoas estão muito mais emotivas, parece que realmente o amor divino está sendo captado. Queira Deus que sim. Então, porque não aproveitarmos este “repente emocional” para praticarmos a verdadeira caridade? Porque não darmos um pouco de nós aqueles que nada tem, nem mesmo atenção sincera?

Muitos estão carentes de alimento, de vestimentas, mas o maior vazio deles é a falta de amor, de serem reconhecidos também como criaturas do Deus Todo-Poderoso; apenas mais perdidos do que nós próprios. Porque não fazer desta época uma razão para darmos o que Deus sempre nos deu, de graça e sem nos cobrar nada... o amor!

Olhe a sua volta, tenho certeza que existem inúmeras “razões” jogadas a sua volta esperando pelo seu amor. Demonstrar afeto, carinho, amor aos nossos mais próximos é insignificante quando tantos outros estão mergulhados na escuridão profunda sem nem mesmo saber o significado do amor. Não se guie nestes dias por motivações passageiras e inferiores, busque crescimento e reconhecimento daquele que é fiel e justo para lhe abençoar ainda mais.
"Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mateus 7:1).

Nenhum comentário:

Postar um comentário