quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

QUANDO SEU INIMIGO CAIR

“Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo; e não enganes com os teus lábios.” (Provérbios 24:28)           

Séculos antes de Jesus mandar orar pelos inimigos, Salomão já recomendava, usando outras palavras ao versículo em estudo: “Não fique contente quando seu inimigo cair na desgraça.”           
Qual a justificativa de Salomão? É uma questão da prerrogativa divina: “Minha é a vingança, diz o Senhor”. Fazer justiça é um processo espiritual tão exigente, que sua realização está sempre muito acima da nossa capacidade humana. Por esta razão, geralmente nos surpreendemos gostando do sofrimento daquele que já nos machucou. O que, em outras palavras, significa que temos prazer em pagar o mal com o mal. De que nos serve, então, ser cristãos?         
E quem nunca teve este sentimento ruim que atire a primeira pedra.      

Entregar ao Senhor as injustiças que sofremos, além de reconhecer a soberania de Deus, tem o dom de minimizar nossa natureza vingativa. Com ou sem razão, odiar é um sentimento negativo e desagregador. Quando oramos pelos inimigos, abrimos nosso coração para a saúde espiritual. Não somente curamos nossas feridas, como contribuímos para a recuperação daquele que nos fez mal.
Um pouco mais a frente no texto bíblico, Deus nos fala: “Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele, e o Senhor recompensará você.” (Provérbios 25:21-22).
Muitos, ainda hoje, são regidos pela Lei de Talião, do latim lex talionis (lex: lei e talio, de talis: tal, idêntico), também dita Pena de Talião, que consiste na rigorosa reciprocidade do crime ou do mal cometido e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Esta lei é frequentemente expressa pela máxima “olho por olho, dente por dente”. É uma das mais antigas leis existentes, contudo, Jesus nos fala algo no sentido inverso: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem. Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês.” (Mateus 5:38; 44; 48).
Neste mesmo contexto, Paulo nos manda “pagar o mal com o bem”. Num mundo cheio de maldade, ajudar espiritualmente o inimigo que caiu é dar nossa contribuição para o plano divino da vitória final do Cristo.
Pai, Seu amor me tocou e sei que posso direcioná-lo aqueles que me magoam, ofendem, maltratam, difamam, machucam. Dá-me Senhor um coração igual ao Teu para que eu abençoe meus inimigos.
"Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam" (Lucas 6:27-28 - NVI).

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