Quase
todos os cristãos sabem o próximo versículo na ponta da língua, ainda que nem
todos saibam encontrá-lo na Bíblia. Mas, curiosamente, se perguntarmos, a
maioria não saberá este. Abundância é bom, escassez não.
Vivemos
dias de uma oferta igrejista (ou igrejeira, não sei) na qual o que é bom é de
Deus e o que não é bom é do inferno. Mesmo que o conceito de bom seja obscuro e
cinzento. Meu time de futebol ganhar o campeonato é bom? É de Deus? E os irmãos
que torcem para o outro time? Como fica? E candidato político? E ganhar causa
na justiça?
Meu
irmão entenda uma coisa de uma vez por todas: Paulo usa o termo “tanto”
justamente para dizer que, embora tendo passado por muitas coisas, ele sabe
encontrar no Senhor a força. Tudo posso (depois de experimentar o bom e o ruim)
no Senhor que me fortalece. Não é triunfalismo, é experiência de vida,
maturidade.
Quem
não aceita ser humilhado jamais será honrado. Quem nunca teve fome não valoriza
a fartura. Quem só conhece abundância não sabe do que estou falando. Glória a
Deus pela vida que levo, na qual não me falta nada do que preciso. Não tenho
tudo que eu quero, mas tenho tudo de que preciso. Glória a Deus por que, quando
passei aperto, o Senhor foi comigo e vivi e venci para poder hoje te dizer: a
força vem Daquele que traz sobre nós o dia de sol e o chuvoso, o frio e o
quente, o abundante e o escasso.
Não
estou declarando que Deus tenha prazer no nosso sofrimento, mas que a dor
ensina a gemer não duvide. A abundância é melhor, a riqueza é melhor, a fartura
é melhor. Mas a melhor abundância de todas é a da presença do Pai, é a da força
do Pai sobre nós. O resto é tão fútil e vazio que dá pena.
Pai, Te amo. Obrigado pelo que Tu és, independente
do que já me deste e que não é pouco. Obrigado por me ensinar a depender de Ti
como eu preciso. Eu te amo, por que Tu nunca me faltaste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário