Há
bem poucos dias eu me dei conta do grande ‘problema’ que a fé apresenta, sendo
ministrado num culto de domingo. Mesmo que seja argumento retórico, o
‘problema’ da fé está inerente ao aspecto invisível da promessa esperada.
O
que eu deduzo é que a maioria das pessoas não se apercebe é que as coisas da fé
são REAIS. É o firme fundamento do que se espera – mas virá. É a convicção de
fatos não vistos – mas que existem. Não é uma questão de prazo ou de
visibilidade, mas de realidade. É real, é verdadeiro, é autêntico. Estou
convencido que a maioria das pessoas está atrelada a uma religiosidade que
aprisiona e faz parecer que a fé está assentada sobre algo que pode não
existir.
Ter
fé significa ver o invisível, não realizar o irrealizável. Operar milagres e
tornar possível o que é impossível tem outro nome, não é fé. Evidentemente a fé
torna real algo inalcançável a quem não tem fé, mas a fé não materializa, não
cria, não transforma – é VISÃO. Não ter fé significa não ver algo que existe,
mas não o torna irreal. A fé é o agente que desencadeia o milagre – mas não é o
milagre.
Se
eu conseguir fazer com que 10% das pessoas que eu influencio se dêem conta de
que a fé se trata apenas de visão e não de realidade, tenho absoluta certeza de
que seremos uma igreja e uma sociedade diferente. Ter fé só leva as pessoas a
mudarem de vida e de atitude se elas crerem na realidade do invisível.
Diferente disso, teremos religiosidade, procedimento, liturgia, ou seja lá qual
for o nome que queiramos dar.
Cabe
a nós encarar de frente a realidade invisível com a mesma desenvoltura e
coragem das realidades visíveis. Ou isso, ou largar de uma vez por todas e
viver a vidinha do dia-a-dia.
Pai, não me permita ser engolido pela correria a
ponto de só crer no que posso ver. Ensina-me a ver CRENDO no invisível.
"O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus" (Filipenses 4:19).
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