quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PORQUE REPARTIR O QUE TEMOS?

Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada”. (Hebreus 13:16)

Não é só Tiago que nos manda “mostrar nossa fé pelas nossas obras”. O autor da carta aos Hebreus nos ensina: “Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.” (Hebreus 13:16).     

A Bíblia prega compaixão, cooperação, justiça social, ajuda mútua, responsabilidade para com o grupo, compromisso. Tudo isso, como uma consequência natural do amor de Cristo em nós. A ideia bíblica de repartir não se baseia em legalismo religioso. Ela se baseia na misericórdia que o Senhor usa, quando se relaciona conosco. Nós não temos méritos, não merecemos, mas o Senhor nos presenteia. Simplesmente porque “Deus amou o mundo”.      

O texto de “fazer o bem e de repartir com os outros” pertence ao contexto sobre o que é louvar e adorar ao Senhor. Daí a conclusão: “pois de tais sacrifícios Deus se agrada”. Ao escrever desta maneira, o autor de Hebreus propõe uma visão prática do cultuar ao Senhor. Quando repartimos o que temos, damos crédito ao Senhor. Como se fosse um hino completo de gratidão: “obrigado porque recebemos... obrigado porque podemos repartir...” É nesta consciência que se baseia o princípio bíblico da justiça, da justiça social. Quando o Senhor nos dá, não é só para nós: é também para aqueles que, como nós, também precisam.    

Muitos ao lerem este versículo ou quando alguém lhes fala sobre ele, logo vem em suas mentes que o repartir aqui é sobre “bens materiais, riquezas, dinheiro”; também o é, pois se Deus lhe dá abundância também é para compartilhar com os mais necessitados, mas não é só isso, é muito mais, muito mais grandioso, poderoso. É compartilhar amor, atenção, uma palavra, um olhar respeitoso, um gesto de carinho, uma visita ao enfermo; é compartilhar a própria Palavra de Deus que lhe é revelada e o edifica para edificar ao irmão também caído, assim como fez Pedro com o mendigo aleijado:

“Certo dia Pedro e João estavam subindo ao templo na hora da oração, às três horas da tarde. Estava sendo levado para a porta do templo chamada Formosa um aleijado de nascença, que ali era colocado todos os dias para pedir esmolas aos que entravam no templo. Vendo que Pedro e João iam entrar no pátio do templo, pediu-lhes esmola. Pedro e João olharam bem para ele e, então, Pedro disse: ‘Olhe para nós!’ O homem olhou para eles com atenção, esperando receber deles alguma coisa. Disse Pedro: ‘Não tenho prata nem ouro [não tenho dinheiro...], mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande’. Segurando-o pela mão direita, ajudou-o a levantar-se e imediatamente os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. E de um salto pôs-se em pé e começou a andar. Depois entrou com eles no pátio do templo, andando, saltando e louvando a Deus” (Atos 3:1-8).

Se você também não tem nem prata nem ouro para ofertar, com certeza você tem algo muito mais importante que pode compartilhar, isso é verdadeiramente amar a Deus! Se você bate em seu peito dizendo em alta voz: ‘Eu amo a Deus, eu amo meu Senhor Jesus’, medite sobre a palavra de hoje, será que seu amor corresponde aos anseios de nosso Deus?

Eu não tenho nem prata nem ouro, mas hoje compartilho contigo o que Deus falou a meu coração, quem sabe nós dois hoje não possamos fazer um aleijado andar! Glórias a Deus. Amém.
"E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus" (Filipenses 4:7).

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