“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Coríntios 5:17)
A questão que coloco hoje para nossa reflexão
é: Nos afastamos do Senhor pelo envolvimento com o pecado, porém, nos
reconciliamos com Jesus. Ainda assim é preciso fazer a oração de quebra de
maldição? Muitas pessoas, assim como eu, têm passado pela mesma dúvida,
principalmente por causa da falta de explicações bíblicas sérias de algumas
igrejas aos seus fieis e também por causa de desvios doutrinários de muitas
denominações em nosso tempo.
Mas, à luz da Palavra de Deus, é preciso
entender que quando cremos em Jesus somos selados pelo Espírito Santo da
promessa (Efésios 1:13), e justificados pela redenção que há em Jesus (Romanos
3:24), e passamos a ser propriedade exclusiva de Deus (1 Pedro 2:9). Com isso
quero demonstrar que a obra que Deus faz na vida do salvo é perfeita e eficaz,
não necessitando qualquer “oração forte de libertação” que venha a “complementar”
a obra de Deus na vida do salvo.
É verdade que mesmo o salvo, se não for
vigilante e mantiver uma comunhão firme com o Senhor, pode dar ouvidos às
tentações da carne e se enveredar por uma vida de pecado que não agrada a Deus,
fato esse que aconteceu já aconteceu comigo e pode estar acontecendo com você.
Isso não é uma falha na obra de Deus, mas na forma negligente com que nós encaramos
nossa vida cristã.
Porém, a Palavra é clara quando diz que “Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). Ou
seja, todas as maldições já foram quebradas plenamente por Cristo. O perdão
dado por Deus diante do arrependimento é pleno, não necessitando sacrifícios,
penitências e nem orações de quebra de maldição que venham a “complementar” a
obra de Deus.
As igrejas que pregam que há a necessidade de
que algum líder faça orações “de poder” para libertar crentes de maldições
estão equivocadas. Elas deveriam ensinar o crente a manejar bem a Palavra de
Deus a fim de estarem preparados para resistir aos seus inimigos, que são o
mundo, a carne e o diabo. Deveriam ensinar também a suficiência da obra de
Cristo, a fim de que os crentes sejam mais firmes em suas posturas e não vivam
com “medinho” de tudo ao seu redor.
O que acontece na vida do convertido é o que a
Bíblia chama de guerra entre a carne e o espírito (Gálatas 5:17). Essa guerra
acontece porque a pessoa que creu em Cristo agora foi morta para o pecado, mas
o pecado não está morto. Ele tentará voltar para reaver essa pessoa para uma
vida de novos pecados. A atitude dessa pessoa deve ser a de viver como “novo
homem” (Efésios 4:24), buscando diariamente a santidade e a obediência a
vontade de Deus.
Assim, não existe a mínima necessidade de que
alguém faça oração de quebra de maldições. É desnecessário já que a obra de
Cristo é perfeita e completa. O perdão dado por Deus mediante o arrependimento
não precisa de complementações para ser pleno. O que deve haver é uma busca
incessante em fazer a vontade de Deus e não da carne, em resistir às tentações
do inimigo, em ser santo como Deus é Santo.
Como Paulo bem disse no versículo em estudo, a
obra de Cristo em nossas vidas nos abre caminho para uma vida nova na presença
de Deus.
"Porém o SENHOR teu Deus não quis ouvir Balaão, antes trocou em bênção a maldição; porquanto o SENHOR teu Deus te amava" (Deuteronômio 23:5).
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